
Num ponto de vento e pedras
Os sopros carreavam pensamentos
Menos os olhares naquele cenário
Contávamos estrelas
Tímidas, se escondiam no véu
Feito enigmas
Formas de inconstância impressionante
Encantos noturnos, almas em canto
Ouvíamos o silêncio
Mas algo nos abraçava, envolvente
Deitados, nos cobria brilhante
Um manto prateado vindo dela
Em todas as direções
Nada era escuro, tudo era luminar
Revestidos de asas imaginárias
Sentimos o sabor de sermos angélicos
Nos sentíamos únicos e amados
Verdadeiros em essência
Poucos sentidos para tanto infinito
Naquela noite, o indesejável
Foi retornar para o nosso mundo
Pois ali, naquele palco
Éramos vivos
Éramos nós
Contávamos estrelas.
Frederico Vieira.